A Petrobras divulgou seu relatório de produção referente ao 3T21. A produção total apresentou aumentos frente ao trimestre anterior, mas com queda na comparação anual. O pré-sal continua sendo destaque, sendo o único segmento com expansão de produção no consolidado do ano. A produção da companhia continua acima dos 2,7 Mboed previstos em seu plano estratégico 2021-2025. A companhia já anunciou que trabalha no PE 2022-2026 e assim que terminado deve divulgar ao mercado. A produção média de óleo, LGN e gás natural alcançou 2,83 Mboed, 1,3% acima do 2T21 devido, principalmente à entrada em operação do FPSO Carioca (maior plataforma em operação no Brasil em termos de complexidade) no pré-sal da Bacia de Santos e à maior média de produção no trimestre do FPSO P-70 (campo de Atapu), que atingiu sua capacidade máxima no início de julho. A produção no pré-sal totalizou 2,01 Mboed no trimestre, o que representa 71% da produção total da Petrobras, 1 p.p. do que foi apresentado no 2T20 e 4,0 p.p. acima do que havia sido apresentado no 3T20. Em nossa visão, a companhia continua bem-posicionada para atingir a meta de 80% de sua produção proveniente do pré-sal até 2025. A produção no pós-sal teve redução de 1,0% frente ao trimestre anterior devido a perdas por paradas com manutenção e ao declínio natural dos reservatórios, o que foi parcialmente compensado por ganhos de projetos complementares no Campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. Enquanto isso, a produção em terra e águas rasas caiu 4% frente ao 2T21 devido aos desinvestimentos e ao declínio natural nos campos. A venda de derivados foi 10,6% superior ao 2T21 com destaques para o crescimento da gasolina, do diesel e do QAV. Dentre os motivos, destacam-se aumento da demanda por gasolina e diesel (em função da sazonalidade), além de uma recuperação no mercado de aviação. A companhia continuou com sua estratégia de otimização de portfólio e melhoria de alocação do capital, focando em águas profundas e ultra profundas. No trimestre, finalizaram a venda de oito campos terrestres no polo Rio Ventura para a 3R Petroleum, a cessão de 10% no campo da Lapa para a Total Energies e a cessão da participação de 50% no campo terrestre Rabo Branco, na Bacia Sergipe-Alagoas para a Petrom.
