Notícia

De olho na abertura

Os índices futuros das bolsas de Nova York ensaiam alta, depois de caírem durante a madrugada com uma realização na esteira da sólida recuperação de Wall Street ontem, enquanto investidores seguem na expectativa para a decisão de juros do Federal Reserve, que será anunciada amanhã (01). As bolsas europeias avançam após mais uma série de balanços de grandes empresas da região, incluindo AB InBev e Casino, e de dados de PIB e de inflação (CPI) da zona do euro. O S&P 500 futuro sobe 0,19% e o Euro Stoxx tem alta de 1,09%.  

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, após uma inesperada contração na manufatura chinesa, mas a de Tóquio avançou, à medida que o Banco do Japão (BoJ) basicamente reafirmou sua postura ultra-acomodatícia. Os contratos futuros do petróleo operam em alta moderada à medida que as tensões no Oriente Médio seguem elevadas. Ontem, o petróleo fechou em baixa de mais de 3%, com investidores ponderando até que ponto a guerra no Oriente Médio representa um risco para o mercado da commodity.

O Ibovespa deve repercutir entrevista do ministro da Fazenda ontem, onde ele reafirmou o compromisso fiscal do governo, mas não a meta de déficit zero para 2024. Com isso, cresce a percepção de que o governo poderá acelerar a alteração da meta. O relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), diz que não há vantagem em trabalhar o parecer em relação às despesas condicionadas incluídas no PLOA, enviado pelo governo, com base em números ?em que não se pode crer?. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, em nota divulgada ontem à noite, que o Congresso ?buscará contribuir com as aprovações necessárias? para ajudar o governo Lula a cumprir a meta fiscal. Diante de sinais do Congresso Nacional de que a reforma tributária poderá ser concluída apenas em 2024, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou ao Estadão que isso seria uma “sinalização ruim”.