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De olho na abertura

Os índices futuros das bolsas de Nova York e as bolsas na Europa operam em baixa nesta manhã, enquanto investidores monitoram a escalada do conflito no Oriente Médio e aguardam balanços trimestrais de grandes bancos dos EUA, assim como dados de confiança do consumidor americano e expectativas de inflação, e comentários de ao menos um dirigente do Federal Reserve. O S&P 500 futuro cai 0,10% e o Euro Stoxx tem baixa de 0,83%.  

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, em meio a preocupações renovadas sobre a trajetória dos juros nos EUA após dados fortes da economia americana. Investidores da região também avaliaram os últimos números de inflação e comércio externo da China. Os contratos futuros do petróleo sobem mais de 2% nesta sexta-feira, após o fechamento misto de ontem, em meio a preocupações de que o conflito entre Israel e Gaza se alastre para outras partes do Oriente Médio. Ontem, durante o feriado no Brasil, os contratos futuros de petróleo terminaram sem sinal único, com o WTI em baixa e o do Brent em alta, após valorização do dólar e de alerta da Agência Internacional de Energia de que os riscos nos mercados da commodity cresceram, no contexto do conflito entre Israel e o Hamas, e elevou sua expectativa para a demanda neste ano.

O mercado doméstico deve passar por correção, após alta dos juros dos Treasuries e dólar durante o feriado local de ontem, além da queda das bolsas em Nova York em reação ao CPI americano e ao risco de um novo aumento de juros até o fim do ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que irá conversar com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sobre a sua fala em relação ao ritmo de corte da Selic, durante encontro com investidores em Marrakesh, no Marrocos, na quarta-feira. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destacou o papel da Casa em aprimorar a economia do Brasil com a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária – que ainda seguem em tramitação no Senado e tem um cronograma apertado para concluir a votação neste ano. A votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pode ocorrer só em novembro e a reforma deverá voltar ainda para a Câmara, se houver modificação no texto.