A BRF (BRFS3) apresentou uma receita líquida de R$12,2 bilhões (-5,7%), impactada principalmente por uma dívida designada como hedge accounting e por efeitos da hiperinflação na Turquia que, juntos, levaram um impacto de R$ 957 milhões. O Ebitda consolidado foi de R$ 1 bilhão, queda de 32,7% na comparação anual, justificado por uma redução de volumes no segmento Halal por conta do efeito sazonal do Ramadã, que impactou positivamente o 1° trimestre de 2023, além da queda de 4,8% do dólar. Adicionalmente, a forte oferta mundial de frango vem derrubando preços e, consequentemente, diminuindo as margens dos players. No mercado nacional a dinâmica foi um pouco diferente, com expansão de 1,2% da receita líquida devido ao maior volume de vendas no mercado doméstico, graças à melhora do mix e ao maior volume de preparados que possuem maior margem, com isso, o Ebitda apresentou um crescimento de 46,8% com um incremento de margem de 1,6 p.p.. A companhia também apresentou um crescimento em sua alavancagem para 3,75x (dívida líquida/Ebitda) frente 3,35x no trimestre passado, em função da substituição do Ebitda do segundo trimestre de 2022 pelo do segundo trimestre de 2023. Na visão proforma, considerando os efeitos do follow-on, a companhia atingiu uma alavancagem líquida de 2,42x.