A AgroGalaxy (AGXY3) apresentou, no segundo trimestre, um desempenho mais fraco, com uma receita líquida de R$ 1,9 bilhão (-6,9% na comparação anual), devido principalmente à queda de 39% nas receitas de insumos, que foi parcialmente compensada pelo aumento na receita de grãos. O segmento de insumos apresentou queda de 47% de preço, devido às reduções nos preços dos fertilizantes e defensivos, com o primeiro caindo 38% e voltando aos seus patamares históricos. No ano passado também tivemos a antecipação de faturamento desse insumo para a safra de verão no segundo trimestre, devido aos temores de desabastecimento, fato que também contribuiu para a queda de 36% no same store sales. Para o segmento de grãos, o incremento ocorreu devido ao maior volume de soja recebido, resultando na maior antecipação do faturamento. O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 72,5 milhões, com uma margem Ebitda de -4,0% (-6,9 p.p.). A queda no Ebitda pode ser explicada pela queda na receita; por margens mais baixas nos segmentos de fertilizantes e herbicidas, como reflexo da volta à normalidade em seus fornecimentos; altos inventários de defensivos na cadeia e aumento no SG&A com crescimento no número de CTV?s e abertura de 24 novas lojas no período. Vale ressaltar que o segundo trimestre é sazonalmente mais fraco em termos de faturamento, mas forte em termos de pedidos, que atingiram R$ 2,6 bilhões, registrando queda de 33%, devido à queda de preços em fertilizantes e herbicidas e ao adiamento de pedidos dos produtores por conta da tendência de queda de preços em alguns segmentos de insumos. Em termos de número de lojas, a companhia reviu sua meta de abrir entre 15 e 20 lojas em 2023 e passou a ter como meta a abertura de oito a 12 lojas, com foco essencialmente em crescimento orgânico, enquanto procura integrar as aquisições recentes.