O Grupo SBF (SBFG3) apresentou resultados fracos no segundo trimestre. Apesar do bom desempenho de Fisia, as operações ainda vêm apresentando baixa rentabilidade, enquanto o lucro líquido continua pressionado pela alta alavancagem financeira e pelo maior custo de financiamento. A receita líquida totalizou R$ 1.593 milhões (+8,9% na comparação anual e -6,3% na comparação com nossas estimativas), impulsionada principalmente pelo bom crescimento da receita de Fisia (+15,6% na comparação anual),com destaque para a expansão de 82,3% no canal de lojas físicas da Fisia, beneficiado pela inauguração de 17 lojas Nike nos últimos 12 meses. O lucro bruto atingiu R$ 410,9 milhões (+3,3%), com margem bruta de 51,2% (+0,8 p.p.), beneficiada pelo ganho de 0,8 p.p. na margem bruta de Centauro, dado o menor nível de remarcações para baixo no canal digital (com foco na rentabilização do canal) e aumento do marketplace no GMV total. Já a operação de Fisia apresentou expansão de 4,9 p.p. na margem bruta, consequência da estratégia de precificação que vem sendo adotada desde o segundo semestre de 2022. No operacional, o Ebitda totalizou R$ 159,9 milhões (-3,0% na comparação anual e -21% na comparação com nossas estimativas), com margem Ebitda de 9,4% (-1,1 p.p. na comparação anual), consequência do aumento das taxas pagas por mercadorias adquiridas (conforme previsto no contrato com a Nike) e aumento do estoque. Outro ponto que impactou o Ebitda foi o aumento das vendas diretas na Fisia, que, apesar da melhor margem bruta, possuem despesas maiores. Além disso, os custos logísticos também apresentaram expansão, com a nova rota de importação da Fisia e a duplicidade de despesas do CD, dado o novo centro de distribuição do e-commerce da Fisia e do fornecedor atual. Com o aumento do custo da dívida e do endividamento no período, a empresa reportou prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões. Diante dos resultados e da necessidade de rentabilização das operações, mantemos nossa recomendação neutra.