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MOVI3 é impactada por RAC no 4T22

A Movida (MOVI3) registrou resultados mais fracos do que as nossas estimativas no quarto trimestre de 2022, impactada por maiores despesas no RAC e pela contínua normalização das margens de seminovos, que encerrou o trimestre em 7,5% (acima da nossa projeção, de 6,2%). O Ebitda apresentou uma redução de 9% na comparação trimestral e uma elevação de 11% na anual, influenciado positivamente pela demanda aquecida de locação, que ainda aceita elevação de tarifas (+4% no RAC e +6% no GTF na comparação trimestral), e negativamente pela elevação dos custos com manutenção dos veículos e gastos com pessoal. Além disso, houve o início do provisionamento para perdas de crédito de PIS/Cofins em excesso aos débitos no RAC. Devido a esse efeito, no trimestre o Ebitda por carro do RAC apresentou uma redução de 3% vs. o quarto trimestre de 2021, o que entendemos ser um efeito pontual. O lucro líquido apresentou uma pressão maior que o projetamos, devido às menores margens de locação, ao maior nível de depreciação do RAC, e ao crescimento expressivo da despesa financeira. Outro ponto de destaque positivo foi a redução da alavancagem (dívida líquida/Ebitda), que saiu de 3,1x no terceiro trimestre para 2,8x no quarto trimestre de 2022. Esse efeito deriva também de uma captação de cessão de direitos creditórios, que fez a companhia gerar caixa no trimestre. Com a redução no Capex esperada para 2023, uma maior geração de caixa e o foco na redução da alavancagem, mantemos a recomendação de compra.