O resultado do 2T22 da Boa Safra foi abaixo das nossas expectativas, em função de custos maiores do que o esperado e efeito não caixa da marcação de commodities . A receita líquida companhia subiu 205,6% a/a, justificado, principalmente, pela venda de grãos de soja, com impacto da venda de estoques da safra passada e, sementes de soja devido a antecipação de pedidos feitos pelas revendas e produtores. No entanto, o EBITDA caiu 59,2% a/a, com uma margem EBITDA de 5,8% (-37,9 pp). Ademais, a companhia apresentou um imenso aumento de 484% de seu CPV, atingindo R$114 milhões e sendo o principal detrator para a margem da operação, justificado pela maior venda de grãos da safra passada e marcação do valor justo das commodities. Mas como o primeiro trimestre é sazonalmente mais fraco, entendemos que o principal indicador é a carteira de pedidos, que no 1S22 totalizou R$831 milhões um aumento de 52,2% frente ao mesmo período da safra passada