A Dexco apresentou fortes resultados operacionais em todos os segmentos no ano passado, mas esperamos retração das margens em 2022, visto o aumento das taxas de juros e a inflação elevada, que podem ter impacto na demanda, uma vez que a renda real do Brasil apresentou queda de 14% em 2021. Esses fatores, em nossa visão, impactam diretamente o segmento imobiliário, corroborando a nossa expectativa de retração dos lançamentos. Além disso, entendemos que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia pode inflacionar o preço de insumos importantes para os produtos da companhia, como a ureia para a divisão de madeira, além do cobre e alumínio para a sua divisão Deca. Ainda que a perspectiva de curto prazo seja bastante desafiadora, as oportunidades de longo prazo nos parecem bastante atrativas, ajudadas pela melhora de mix de produtos e pelo investimento em uma joint venture de celulose, cujas operações tendem a iniciar no próximo trimestre, potencializando os resultados futuros da empresa.